Na cidade de Rafah, no sul do país, que está sob total controle do Exército israelense, milhares de pessoas, incluindo mulheres e crianças, algumas a pé ou em carroças puxadas por burros, aglomeraram-se nos locais de distribuição da fundação para receber pacotes de alimentos.
Vídeos — alguns deles não puderam ser verificados imediatamente pela Reuters — mostraram filas de pessoas ao longo de um corredor sem arame até um grande campo aberto onde a ajuda estava empilhada. Mais tarde, imagens compartilhadas nas mídias sociais mostraram grandes trechos da cerca derrubados enquanto as pessoas se acotovelavam para chegar ao local.
Israel e a GHF disseram, sem fornecer provas, que o Hamas, grupo militante dominante de Gaza, tentou impedir que os civis chegassem ao centro de distribuição de ajuda. O Hamas negou a acusação.
Mais tarde, nesta terça-feira, o escritório de mídia do Hamas acusou os militares israelenses de matarem pelo menos três palestinos e ferir outros 46 perto de um dos locais de distribuição, enquanto sete pessoas continuavam desaparecidas. Um porta-voz da GHF disse que a informação do Hamas era “totalmente falsa”.
A fundação disse que, em determinado momento nesta terça-feira, o número de pessoas que buscavam ajuda era tão grande que sua equipe teve que recuar para permitir que as pessoas “pegassem a ajuda com segurança e se dissipassem”, e para evitar vítimas. A empresa disse que não houve vítimas, ninguém abriu fogo e as operações normais foram retomadas mais tarde.
Não houve comentário israelense imediato sobre a alegação do Hamas. Mais cedo, o Exército israelense disse que suas tropas dispararam tiros de advertência na área externa do complexo e que o controle foi restabelecido.
noticia por : UOL