Os venezuelanos vão às urnas neste domingo (25) para eleger governadores, deputados da Assembleia Nacional e integrantes de conselhos legislativos regionais.
Ao todo, serão definidos 24 governadores, 285 deputados e 260 legisladores estaduais. A principal líder opositora, María Corina Machado, pediu que a população não participe do processo eleitoral que ocorre um ano após um pleito até hoje sem resolução.
O chamado à abstenção ocorre após os resultados das eleições presidenciais de agosto do ano passado anunciados pelo Conselho Nacional Eleitoral não serem reconhecidos pela oposição e pela maior parte da comunidade internacional.
Segundo o órgão, Nicolás Maduro obteve 51% dos votos. O resultado, porém, nunca foi corroborado com a publicação das atas eleitorais.
A aliança majoritária da oposição, a Plataforma Unitária, não inscreveu candidatos, e pede que seus apoiadores não votem. Segundo a sigla, são necessárias garantias plenas, com o fim de impedimentos políticos e o fim da intervenção em partidos e de perseguição política para a realização de um pleito justo.
Apesar dos questionamentos, há setores da oposição que ainda consideram que o voto é o caminho para viabilizar uma transformação na Venezuela. Um dos opositores que participará é o ex-candidato à presidência Henrique Capriles, que concorre a uma vaga para a Assembleia Nacional.
Em busca de eleger o filho Nicolás Maduro Guerra para o cargo de deputado em Caracas, o atual presidente promoveu diversos comícios, além de campanhas nas ruas.
Uma pesquisa nacional realizada entre 29 de abril e 4 de maio pela empresa de pesquisa Delphos, aponta que apenas 15,9% dos eleitores expressaram alta probabilidade de participar do processo eleitoral neste domingo (25).
Desses, 74,2% disseram que votariam nos candidatos do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) e seus aliados, enquanto 13,8% disseram que votariam em candidatos associados a dois líderes da oposição que ignoraram o apelo de Machado para boicotar as eleições.
noticia por : UOL