Dois dias depois, ele acompanhou as tratativas do ataque, apesar de ser um assunto que deveria ser de conhecimento apenas das autoridades por envolver questões de segurança dos militares. “Pensei: isso parece uma coisa falsa, como algum tipo de programa de trote, de operação de desinformação, porque seria estúpido demais para ser real”, declarou.
O editor-chefe só acreditou que as conversas eram reais após o ataque de fato, então decidiu publicar a história. Inicialmente, o governo de Donald Trump minimizou o vazamento e a falha na segurança sob a alegação de que não se tratavam de informações sigilosas. Jeffrey, então, tornou público detalhes da ofensiva, com prints das mensagens.
Fui então até eles no dia seguinte, à CIA, ao Pentágono e assim por diante, e eu disse: ‘Olha, vou publicar essas informações porque vocês continuam dizendo que não há nada aqui. E eu acho que os cidadãos americanos precisam ver. Deixe-os decidir por si mesmos como fazemos em uma democracia’.
Jeffrey Goldberg
Trump criticou a The Atlantic e disse não ser fã da revista. Ao Fantástico, Goldberg afirmou não se importar ou temer ameaças. “Eu entendo que pode haver consequências, mas me sinto muito melhor comigo mesmo”.
Os EUA fizeram uma série de ataques aéreos contra os houthis em 15 de março. A investida deixou ao menos 31 mortos. Essa foi uma resposta do governo norte-americano ao fato de os rebeldes atacarem embarcações israelenses que passam pelo mar Vermelho. Os houthis, aliados do Irã, justificam os ataques aos navios israelenses ao fato de o estado judeu bloquear entrada de ajuda em Gaza.
Houthis também dizem estar prontos para enfrentar os ataques norte-americanos. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, pediu aos EUA que cessem os ataques. Washington, no entanto, mantém as investidas contra os rebeldes.
noticia por : UOL