Então, é um PIB que se fantasia de ‘pibão’ e, na verdade, é um ‘pibinho’. Julianha Inhasz, economista
O PIB (Produto Interno Bruto) cresceu 3,4% no ano passado, na comparação com 2023, totalizando assim R$ 11,7 trilhões. É considerada a maior taxa anual desde 2021. Os dados foram divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O resultado anual, no entanto, ficou abaixo do projetado pelo Banco Central. O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica), indicador divulgado pelo BC e conhecido por antecipar o comportamento do PIB, sinalizou um crescimento de 3,8% da economia nacional em 2024.
A questão é que, primeiro, esse crescimento, esse tipo de medida ou essa forma de crescer, é bem complexa. Complexa, porque a gente não sabe fazer isso para sempre. A gente tem um problema fiscal grande que não conseguimos resolver. O governo, inclusive, mostra que o baixo comprometimento continua existindo. Esse crescimento das despesas correntes do consumo do governo mostra isso. E o PIB desacelerou bastante no terceiro e no quarto trimestre.
Então é aquele PIB que vem alto, relativamente o número é bom. A gente não está falando que 3,4 é desprezível… porém, a gente vê nos últimos dois trimestres uma desaceleração e uma perspectiva de que esse ano de 2025 seja um ano em que a gente vai crescer muito menos. Juliana Inhasz, economista

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