Empresários mexicanos da fronteira se voltam para seu país após tarifas de Trump

Segundo dados oficiais, a região, que abriga cerca de 400 empresas em seus vastos parques industriais, movimenta um milhão de cargas por ano. 

Uma vez cumprida a ameaça de Trump, “o mercado interno deve ser reorganizado”, diz Contreras, para quem isso significa replicar as cadeias produtivas do acordo comercial T-MEC (Canadá, Estados Unidos e México) neste país de 130 milhões de habitantes. 

Envolve também oferecer incentivos fiscais, buscar novos mercados e romper barreiras legais como a que exige que as montadoras ? carro-chefe do T-MEC ? exportem 80% de sua produção para os Estados Unidos, acrescentou. 

Mas “é preciso agir rapidamente” porque a “dimensão social é muito grande”, envolvendo cerca de 80.000 empregos em maquiladoras somente deste ponto, na fronteira de 3.100 km de extensão, alerta Contreras, empresário do setor metalúrgico. 

A presidente mexicana Claudia Sheinbaum anunciará medidas contra as tarifas no próximo domingo, embora tenha delineado anteriormente um plano para fortalecer a indústria nacional que inclui substituir importações chinesas, um gesto para agradar Trump que até agora não rendeu frutos.

– “Ocorrências” sem futuro – 

Trump defende as tarifas como punição pela suposta falha do México e do Canadá em conter a migração irregular e o tráfico de fentanil, um opioide ligado a dezenas de milhares de mortes por overdose nos Estados Unidos a cada ano. 

noticia por : UOL

19 de abril de 2025 19:54