Argentina tem grande protesto contra Milei em defesa da diversidade

Organismos de direitos humanos, líderes da oposição, sindicatos, aposentados e artistas participaram da manifestação, que provavelmente foi a mais numerosa contra o governo desde a realizada em abril, em defesa do financiamento das universidades públicas.

“São barbaridades o que o presidente disse. Não pode ser que alguém com um cargo tão importante fale assim”, afirmou à AFP Alicia González, uma jovem de 18 anos que se identifica como gay e estava presente no ato com sua mãe e irmãos.

Ela disse que as declarações de Milei a fizeram se sentir “atacada” e destacou que o presidente deveria “defender os direitos, não limitá-los”.

O estopim para a marcha, que também ocorreu em várias outras cidades do país, foi a intervenção do presidente argentino no Fórum Econômico de Davos no dia 23 de janeiro. 

Lá, alinhado com sua “batalha cultural”, ele criticou o “wokismo”, afirmou que o “feminismo radical” busca “privilégios”, atacou o conceito de “femicídio” e o que chamou de “ideologia de gênero”, cujas “versões mais extremas” ele classificou como “abuso infantil”.

– “Deve estar arrependido” –

Além disso, no dia seguinte à fala de Milei, o ministro da Justiça, Mariano Cúneo Libarona, anunciou que o governo buscará eliminar do Código Penal a figura do “feminicídio”, que agrava as penas quando há violência de gênero no homicídio.

noticia por : UOL

2 de fevereiro de 2025 10:35