KARINE ARRUDA

DO REPÓRTER MT

O corpo clínico de ginecologistas e obstetras do Hospital Santa Helena emitiu, nesta sexta-feira (20), ameaçam entrar greve por falta de pagamento da Prefeitura de Cuiabá aos profissionais. Em um documento que registra a intenção de paralisação, encaminhado à diretora administrativa da unidade Zoraida Hanna Mady, os médicos relatam atrasos recorrentes no pagamento da prestação dos serviços.

“Esta decisão, ainda que extrema, reflete a realidade já insustentável e emocionalmente desgastante que enfrentamos, fruto do não cumprimento de compromissos financeiros e da urgente necessidade de adequação nas condições de pagamento”, diz trecho do documento.

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Ainda de acordo com a notificação, a paralisação foi motivada após o corpo clínico ser informado de que a Prefeitura de Cuiabá não cumpriu com os repasses devidos ao hospital, o que impossibilita o pagamento dos profissionais.

“A cada dia em que os recursos financeiros não são regularizados, aumenta o desânimo, a insegurança e a sensação de desvalorização. É desolador saber que aqueles que dedicam suas vidas para garantir o início de tantas outras vidas não podem contar com condições mínimas de estabilidade”, diz outro trecho da notificação.

Entre as reivindicações feitas pelos médicos está o pagamento da prestação de serviços em atraso e a modificação do intervalo de pagamento.

O prazo estabelecido pelo corpo clínico para que a situação seja regularizada é de até 72 horas. Caso não seja feito o pagamento nesse período estabelecido, eles farão outro documento deflagrando definitivamente a greve. Em caso de paralisação oficial, serão mantidos somente os atendimentos de urgência e emergência.

O entrou em contato com a diretora administrativa do hospital, Zoraida Mady, que informou que ainda não recebeu nenhum documento oficial sobre o indicativo de greve. Contudo, Zoraida confirmou que o pagamento dos profissionais está em atraso e que não foi recebido nenhum valor ainda neste mês da prefeitura, mesmo com promessa de que seria pago.

A reportagem também entrou em contato com a Secretaria de Saúde de Cuiabá, que ficou de encaminhar informações a respeito dos repasses feitos ao hospital. O espaço segue aberto para mais esclarecimentos.