Seus perfis em outras redes sociais foram tirados do ar por ordem do STF (Supremo Tribunal Federal) pela primeira vez em janeiro de 2023. Ele chegou a criar outras contas, também suspensas posteriormente, em que se apresentava como “jornalista brasileiro baseado nos EUA” e “censurado pela suprema corte brasileira”.
Foi sócio de Trump na construção do Trump Hotel no Rio (que depois perdeu a marca e se tornou Hotel Ish). Figueiredo começou sua carreira no seguimento de hotelaria de luxo no Rio de Janeiro, em que conheceu o presidente dos EUA. “Sou latino e Donald Trump me trata estupendamente. A quantidade de latinos que trabalham para ele é imensa, as babás dos netos dele são mexicanas… Essa imagem de racista que tentam construir não existe”, disse ao jornal El País em 2015.
Em 2019, foi preso em Miami. Ele era suspeito de integrar um suposto esquema de pagamento de propinas a dirigentes do BRB, banco controlado pelo governo do Distrito Federal, em troca de recursos para a construção do então Trump Hotel, na capital fluminense. O empresário foi considerado foragido pela Interpol e terminou atrás das grades por alguns dias.
Virou comentarista da Jovem Pan em 2020. Em sua passagem pelo canal, incitou extremistas bolsonaristas a deflagrarem uma guerra civil no Brasil, chamou de “estupidez” os atos de vandalismo praticados por apoiadores de Bolsonaro em 8 de janeiro de 2023, entre outros. Ele foi afastado em 2021 e depois demitido, quando já era alvo de investigação disseminar informações falsas.
Ele também atua como professor nos EUA. Parlamentares bolsonaristas participaram de um curso ministrado por Figueiredo em janeiro. As fotos foram compartilhadas pelo senador Jorge Seif (PL-SC). Também estavam no encontro os deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Mario Frias (PL-SP), Marcel Van Hattem (Novo-RS), Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e o senador Eduardo Girão (Novo-CE).
Segundo Seif, o curso tratou da história dos Estados Unidos. O senador afirmou que também foram discutidos outros assuntos frequentemente abordados pelos bolsonaristas, como aborto, liberação das drogas, redes sociais, a chamada “agenda woke” e ativismo judicial. “Paulo Figueiredo, em total doação, empenhou-se para ministrar esse curso intenso e transformador”, escreveu.
noticia por : UOL