União Europeia vai liberar para a Ucrânia 1 bi de euros em ativos congelados da Rússia

Nesta sexta-feira (9), a União Europeia anunciou a liberação de 1 bilhão de euros (R$ 6,37 bilhões) provenientes dos rendimentos de ativos russos congelados, para empresas de armamentos ucranianas, como parte de seu apoio a Kiev na luta contra a invasão de Moscou.

“Acabamos de colocar 1 bilhão de euros à disposição da indústria de defesa ucraniana para que a Ucrânia possa se defender melhor”, declarou Kaja Kallas, chefe da diplomacia da UE, na cidade de Lviv, no oeste ucraniano.

Em março, a Comissão Europeia (o braço Executivo do bloco) anunciou também uma nova proposta de financiamento para fortalecer as capacidades de defesa da União Europeia e para ampliar os recursos disponíveis para os governos do bloco, reforçando a segurança e a cooperação no setor militar.

Os líderes europeus enfrentam pressão para elevar os investimentos em defesa, diante de um cenário geopolítico cada vez mais instável. A volta de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos acendeu um alerta no bloco, reforçando a necessidade de reduzir a dependência de Washington para garantir a própria segurança.

Ministros das Relações Exteriores da União Europeia também viajaram nesta sexta à cidade de Lviv para apoiar a criação de um tribunal específico que julgue crimes cometidos pela Rússia desde o início da guerra em fevereiro de 2022.

A visita, que também tem caráter simbólico, ocorre no mesmo dia em que Moscou comemora o fim da Segunda Guerra Mundial com um grande desfile militar, usado pelo Kremlin para exaltar o patriotismo.

“É importante e simbólico que os parceiros europeus estejam ao lado da Ucrânia neste dia”, afirmou o primeiro-ministro ucraniano Denis Chmihal em suas redes sociais.

Ele recebeu delegações de 35 países e do Conselho Europeu (que reúne os chefes de Estado e de governo do bloco), incluindo a chefe da diplomacia da UE.

“Não haverá impunidade, haverá responsabilização pelos crimes cometidos”, declarou Kallas na quinta-feira, após uma reunião de ministros da UE em Varsóvia.

O tribunal vai trabalhar em conjunto com o Tribunal Penal Internacional (TPI), com sede em Haia, que já emitiu mandados de prisão contra vários líderes russos, inclusive o presidente Vladimir Putin.

noticia por : UOL

13 de maio de 2025 1:56