Em discurso sobre mudanças climáticas durante a reunião do G20 no Rio, em novembro, Lula propôs a criação de um “conselho de mudança do clima das Nações Unidas”, uma instância que levasse à implementação das decisões tomadas no Acordo de Paris.
“Precisamos de uma governança climática mais forte. Não faz sentido negociar novos compromissos se não temos um mecanismo eficaz para acelerar a implementação do Acordo de Paris”, disse Lula à época.
A proposta de Lula foi incorporada pela presidência da COP. A avaliação de André Corrêa do Lago, presidente da Conferência, é que a Convenção do Clima já negociou o que era necessário — se não há mais resultado, é que não há força para a implementação.
“A UNFCCC e o Acordo de Paris não têm força para levar isso adiante, não tem mandato para levar isso adiante, então o que a gente está propondo é, vamos pensar um pouco de que maneira a gente pode fortalecer institucionalmente a implementação”, afirmou em entrevista a jornalistas brasileiros na quarta-feira.
O âmbito para essa discussão, no entanto, diz, não é a COP, mas sim a Assembléia Geral das Nações Unidas.
“Deixando para trás os antigos modelos burocráticos que prejudicam a velocidade e a escala, os debates na Assembleia Geral da ONU poderiam explorar abordagens inovadoras de governança para dotar a cooperação internacional de recursos para compartilhamento rápido de dados, conhecimento e inteligência, bem como para alavancar redes, agregar esforços e articular recursos, processos, mecanismos e atores dentro e fora da ONU”, diz a carta da presidência da COP.
noticia por : UOL