É difícil você chegar a condição de papa: antes de mais nada, um homem, e isso exclui as mulheres. Você tem que ser uma pessoa ligada à igreja, ser um homem com uma lista de trabalhos muito significativos em prol da igreja, você tem que acender e acumular capital religioso, cultural, político, eclesiástico dentro da igreja, ter a sorte necessária de ser nomeado cardeal.
E depois tudo isso ainda, entre um colegiado com mais de 100 pessoas, atualmente com 135, ser escolhido entre esses. É um processo, é um vestibular muito difícil de ser, de ser êxito, de obter.
No passado, nós tivemos brasileiros que estavam em destaque em algum momento, mas, na atualidade, me parece que a conjuntura política internacional não favorece a figura do brasileiro. Por quê? Por exemplo, em que medida a geopolítica vai determinar o pensamento desses cardeais. Nós temos, por exemplo, uma Europa que agora se vê numa situação bastante delicada.
Então, ter um papa europeu nesse momento, seja ele espanhol, seja ele francês, seja ele um italiano, não me parece um absurdo. Me parece, inclusive, uma jogada bastante interessante para fortalecer a Europa nesse xadrez intrincado da geopolítica internacional. Gerson Leite de Moraes, professor e teólogo da Universidade Presbiteriana Mackenzie
Cortella: papa tem impacto na vida de todos, mesmo que você não queira
No UOL News, o professor, filósofo e ex-carmelita Mario Sergio Cortella afirmou que um pontífice não possui dinheiro nem exército, mas tem um impacto simbólico na vida de muita gente, mesmo que as pessoas não queiram.
noticia por : UOL