A série de reportagens assinadas por Julia Affonso, Tacio Lorran, Vinicius Valfré e Daniel Weterman também revelou que, já como ministro, ele usou verba da pasta para pagar a viagem a São Paulo e participar de leilão de cavalos. A Comissão de Ética da Presidência não viu nada demais. Ele devolveu o dinheiro para escapar do escândalo.
Também foi revelado que ele terceirizou o ministério para o sogro. Quando o ministro não está em Brasília, é o sogro de Juscelino quem despacha do seu gabinete, conduzindo audiências. A Comissão de Ética também não viu nada demais. Nem Lula, que não só o manteve no cargo, como viajou para o Maranhão com o ministro a tiracolo em meio ao noticiário negativo, num sinal de prestígio ao seu auxiliar.
Ignorar as revelações feitas pela imprensa virou rotina no governo Jair Bolsonaro. O orçamento secreto, também revelado pelo time do Estadão, foi tratado como mentira. Quando Lula assumiu o poder, fez discurso enaltecendo o trabalho da imprensa. Até agora, não deu uma entrevista coletiva e ignorou as reportagens que incomodaram seu governo.
Sobrou agora ao petista recuar ou cumprir a promessa de que, se o ministro fosse denunciado, iria demiti-lo. Na época, uma saída para não confrontar o União Brasil. A proximidade com Alcolumbre, agora presidente do Congresso, fará Lula aguardar agora a sentença?
noticia por : UOL