Réu por três mortes, médico diz que óbitos são 'ônus da profissão'

Ele também afirmou que os números atribuídos a ele são elevados porque realizava uma grande quantidade de procedimentos. “Se considerarmos percentualmente, os números são baixíssimos”, argumentou. O médico ainda negou ter negligenciado pacientes, e disse que estava no fórum para provar sua inocência com documentos.

Entenda o caso

João Batista do Couto Neto é alvo de investigação por 140 erros médicos. Do total, 42 resultaram em mortes de pacientes. Até o momento ele é réu em três desses casos, de dois homens e uma mulher.

Ele foi preso em dezembro de 2023, em Caçapava (SP), enquanto atendia no hospital municipal. No entanto, obteve um habeas corpus e foi solto dias depois, respondendo às acusações em liberdade.

Em São Paulo, o médico foi contratado como autônomo ou terceirizado para trabalhar em órgãos públicos e filantrópicos. Além do Hospital de Caçapava, ele atuou na AMA Sacomã e nos hospitais Mandaqui, Ipiranga, Pio 12 e São Francisco de Assis.

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul começou a investigar o caso após denúncias de pacientes. Os relatos apontam casos de infecção generalizada, trombose, embolia pulmonar e até demência após a realização de procedimentos pelo cirurgião. O médico atuava em Novo Hamburgo, na região metropolitana de Porto Alegre.

noticia por : UOL

18 de abril de 2025 20:54