A tensão entre os dois países aumentou em 2015, quando a ExxonMobil descobriu enormes reservas de petróleo na zona marítima do Esequibo, e escalou em 2023 para um cenário de possível conflito, após Georgetown conceder licenças petrolíferas à empresa americana e a Venezuela realizar um referendo interno para reforçar sua reivindicação de soberania.
Uma reunião entre os presidentes Nicolás Maduro, da Venezuela, e Irfaan Ali, da Guiana, ajudou a amenizar os ânimos.
Naquela ocasião, Georgetown também recorreu à CIJ, que ordenou evitar qualquer tentativa que comprometesse o status quo atual.
“A Guiana considera que o plano da Venezuela de realizar eleições no ‘território em disputa’ viola flagrantemente essa ordem”, afirma o comunicado desta quinta-feira.
Não há mais detalhes sobre a eleição no Esequibo ou sobre a lista de eleitores.
O último incidente entre os dois países ocorreu no fim de semana, quando a Guiana denunciou a incursão de um navio militar venezuelano em suas águas, o que foi negado pela Venezuela, que, por sua vez, condenou as operações petrolíferas na região, que considera um território ainda a ser delimitado.
noticia por : UOL