Falsa biomédica vira ré por morte de influencer que aplicou PMMA no bumbum

Empresária se apresentava como biomédica, mas ficou comprovado que ela não possui diploma na área. Em sua denúncia, o MP goiano destacou que Grazielly realizou o procedimento em Aline “em ambiente e condições impróprias, sem a qualificação técnica necessária e sem observar minimamente os deves legais de cuidados inerentes ao procedimento”.

Além de ser falsa biomédica, a clínica não tinha alvará sanitário para funcionar, ainda de acordo com a promotoria. A unidade foi fechada após a morte de Aline.

Defesa afirma que Grazielly é “inocente”. Em nota, o advogado da empresária, Welder de Assis Miranda, destacou que a inocência de sua cliente será provada no curso do processo. Ela chegou a ser presa no sistema penitenciário de Goiás, mas desde agosto passado está em prisão domiciliar por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

Entenda o caso

Grazielly foi detida presa pela morte de Aline. Ela não tinha autorização para realizar aplicação de PMMA, produto que foi injetado na modelo morta. Embora fosse dona de uma clínica de estética e realizasse procedimentos que exigem conhecimentos técnicos na área de saúde, a empresária não possui capacitação necessária. Conforme a investigação, ela não tem graduação em medicina, tampouco em biomedicina.

Clínica não tinha alvará para funcionamento, nem responsável técnico, conforme a delegada Débora Melo. “É uma exigência para qualquer estabelecimento comercial na área de saúde e estética para esclarecer as atividades realizadas. Tem atividades mais simples — como micropigmentação e massagens — e outras mais complexas, como a utilização de substâncias injetáveis, que trazem riscos ao paciente”, disse a delegada na época.

noticia por : UOL

4 de março de 2025 1:47