Flávio voltou a dizer que não há provas contra Bolsonaro no processo. O senador classificou a denúncia como “circo probatório” e disse que não há “nada que vincule Bolsonaro a essas acusações absurdas que ele vem sofrendo”.
Contudo, a PGR aponta que um rastro de documentos que comprovam participação em tentativa de ruptura democrática. Apesar de Flávio dizer que não há provas, a denúncia aponta que as investigações encontraram “manuscritos, arquivos digitais, planilhas e trocas de mensagem” desde 2021 que mostram a tentativa de desestabilizar as eleições de 2022 e são “reveladores da marcha de ruptura da ordem democrática”.
O procurador-geral descreve a estratégia dos denunciados, registrada no material apreendido ao longo da investigação. Gonet afirma, na denúncia, que em 2021 Bolsonaro adotou “crescente tom de ruptura com a normalidade institucional”. A iniciativa ganhou força quando, em 8 de março de 2021, Lula (PT) recuperou os direitos políticos, passando a poder concorrer na eleição do ano seguinte. Assim, caso o petista vencesse, ficaria mais fácil contestar sua vitória.
Flávio disse que o processo da PGR foi “fabricado para condenar Bolsonaro”. Para o senador, o ex-presidente tem “condenação pronta” antes mesmo do início das investigações e a denúncia seria fruto de “medo” de que Bolsonaro dispute as eleições de 2026. Ainda segundo ele, o líder da extrema-direita brasileira é alvo de “sacanagem”.
Senador acusou Gonet de fazer papel “ridículo” e “sujo” para agradar Lula. “Infelizmente, o procurador-geral da República aceitou fazer um jogo que interessa muito a quem o indicou a essa cadeira, que é o presidente Lula”, declarou.
A denúncia da PGR
A PGR denunciou Bolsonaro e mais 33 pessoas por tentativa de golpe de Estado em 2022. O ex-presidente é acusado de cinco crimes: organização criminosa armada, abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
noticia por : UOL