Funcionários dormiam em fábrica que pegou fogo no Rio por falta de dinheiro

O MPT-RJ diz que “autuou com urgência uma Notícia de Fato para apurar as condições de trabalho na fábrica”. O procedimento aberto é anterior ao inquérito. A partir dele, o órgão deve avaliar se a apuração tem potencial de gerar uma investigação mais aprofundada, ação judicial ou outras medidas contra a Maximus Confecções, empresa responsável pela fábrica, e/ou outros envolvidos em eventuais violações trabalhistas no local.

Órgão esclareceu que pedido de apuração não é novo e foi motivado por denúncias trabalhistas. “Esclareço que não é uma nova autuação. É uma autuação específica para investigar as denúncias relacionadas às condições de trabalho no local”, informou a assessoria do MPT fluminense.

Questionada sobre quais denúncias motivaram ação, MPT-RJ diz que “por enquanto” não pode fornecer detalhes. A assessoria do órgão afirma, por fim, que irá retornar, “assim que tiver outras informações”. Nesse caso, o texto será atualizado.

Sobre o incêndio

Incêndio está em fase de rescaldo. Seis equipes dos bombeiros trabalharam para controlar e apagar o fogo desde 7h39. A corporação também foi responsável pelo resgate das vítimas presas às janelas.

Funcionária disse que estava trabalhando quando começou a ouvir colegas gritarem “fogo”. “Estávamos dentro do ateliê (…) quando eu abri a porta, o fogo veio e só deu tempo da gente correr, se jogar pela escada e sair. Mas tinha mais gente lá em cima. Pegou fogo em tudo, tudo, nas máquinas. Está desesperador, foi horrível”, contou Roberta, em entrevista ao RJTV. Ela também explicou que trabalhadores dormem no local para trabalharem por turnos na produção de fantasias do Carnaval do Rio.

noticia por : UOL

27 de fevereiro de 2025 15:59