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Dois episódios quase simultâneos reforçam a percepção de que, no Brasil, a organização do crime cresce na proporção direta do avanço da esculhambação do Estado. Num episódio, Lula cobrou da ministra Nísia Trindade (Saúde), a portas fechadas, que impulsione o programa Mais Acesso a Especialistas. O objetivo é eliminar os ferrolhos burocráticos que impedem o acesso da clientela do SUS a consultas e exames especializados.
Noutro episódio, o Ministério Público de São Paulo desbaratou um esquema muito parecido com um plano de saúde do Primeiro Comando da Capital. Descobriu-se que bandidos do PCC, a maior facção criminosa do país, dispunham de assistência médica e odontológica dentro de um par de penitenciárias paulistas.
No Brasil do Estado esculhambado, o contribuinte paga impostos e não dispõe de saúde pública. Consultas especializadas prometidas na penúltima campanha não chegaram ao posto de Saúde no terceiro ano do governo. Quem dispõe de bolso contrata um plano privado. Mas nem sempre consegue marcar procedimentos contratados.
noticia por : UOL