Sarkozy chama as acusações de conspiração, garantindo que nunca recebeu qualquer financiamento de Gaddafi e que não há provas de que tal transferência tenha ocorrido. Outros réus incluem o ex-braço direito de Sarkozy, Claude Guéant, seu então chefe financeiro de campanha, Eric Woerth, e o ex-ministro Brice Hortefeux.
A acusação baseia-se em declarações de sete ex-autoridades líbias, viagens à Líbia de Guéant e Hortefeux, transferências, além de cadernos do ex-ministro do Petróleo líbio, Shukri Ghanem.
A investigação foi aberta em 2013, após a publicação pelo veículo de comunicação online Mediapart, em 2012, de um documento que supostamente provava que o governo de Gaddafi havia financiado a campanha que levou Sarkozy à presidência.
Ao longo dos mais de dez anos de investigação, Sarkozy multiplicou recursos para tentar anular as investigações.
O empresário franco-libanês Ziad Takieddine, uma figura fundamental no caso e fugitivo no Líbano, afirmou em diversas ocasiões que ajudou Gaddafi a entregar até cinco milhões de euros (31 milhões de reais na cotação atual) em dinheiro em 2006 e 2007.
Em 2020, Takieddine retratou sua declaração, levantando suspeitas de que Sarkozy e seus aliados podem ter fornecido dinheiro à testemunha para mudar de ideia.
noticia por : UOL