Pauta do STF e da PGR mostram que 2025 não será feliz nem novo

Brasília costuma mergulhar em profunda calmaria entre o Natal e o Carnaval. O período que separa o panetone de 2024 dos tamborins de 2025 pode ser diferente. Cinco ministros do Supremo Tribunal Federal formalizaram junto à presidência da Corte a decisão de permanecer em atividade durante o recesso do Poder Judiciário. Entre eles Alexandre de Moraes e Flávio Dino. O procurador-geral da República Paulo Gonet também informou que abrirá mão das férias.

Um frêmito de pavor percorre a espinha de investigados e cúmplices. No atacado, Moraes é relator dos inquéritos estrelados por Bolsonaro, incluindo o que trata da trama golpista. Dino cuida do varejo das emendas parlamentares. Gonet tem sobre a mesa as 884 páginas do inquérito sobre a tentativa de golpe. Acompanha, de resto, os desdobramentos do escândalo que envolve a suspeita de desvio de R$ 1,4 milhão em emendas orçamentárias escoadas a partir do Denocs.

A prontidão de Moraes, Dino e Gonet pode não significar nada. Mas os três também podem converter o nada numa palavra que ultrapassa tudo. Daí o pânico de investigados e cúmplices. Ao enviar o general Braga Netto para a prisão, Moraes sinalizou que não está para brincadeira. Dino deve uma resposta sobre ação movida pelo PSOL contra R$ 4,2 milhões em emendas de comissão liberadas pelo Planalto por pressão de Arthur Lira e 17 líderes partidários sem o aval das comissões. Gonet se equipa para retirar da gaveta a denúncia do golpe.

noticia por : UOL

23 de janeiro de 2025 3:11